Imaginei que ele fosse um cara legal, mesmo tendo me dito que sua intenção era a de ir à Pamplona participar daquela estúpida corrida com os touros pelas ruas da cidade (rapidamente eu manifestei meu apoio total e irrestrito aos bichinhos, os quais são submetidos à uma situação estúpida e reagem de acordo com o instinto animal).
E era chegada a "hora da naninha". Francisco no seu canto, eu no meu, quando chega o canadense bêbado no quarto. Ele sobe para sua cama e dorme. De repente, no meio da madrugada, ele se esborracha no chão. Que situação!
Francisco e eu acordamos assustados e eu achei que o canadense fosse ao banheiro, então indiquei a porta para ele. Que nada. Bêbado do jeito que ele estava, saiu do quarto e só voltou um tempo depois escoltado pelo caras da recepção do albergue.
É por essas e por outras que eu merecia fazer o trajeto Madri - Barcelona de trem, em 3h20, ao invés de enfrentar as cerca de 9 horas de "busão". Como viajar confortavelmente num mega trem, a 300 Km/h, com temperatura ambiente de 24 graus, faz bem ao corpo e à alma. Ah! E com direito a fones de ouvido para curtir cinco estações de rádio.
Resultado: a trilha sonora dessa viagem teve desde temas de Madame Butterfly e Amélie Poulain, até Eric Clapton com Blue Eyes Blue, Stan Getz com "Só Danço Samba", Pavarotti cantando Nessun Dorma e uma música que meu pai toca no piano e que só hoje eu descobri o nome: I Only Have Eyes For You.
Quanto ao canadense? Posso imaginar como será o encontro dele com os touros nas ruas de Pamplona.
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