sexta-feira, 8 de julho de 2011

De tudo um pouco em Madri

Hoje vi de tudo um pouco em Madri durante mais um walking tour (estou ficando viciada nessa modalidade). E posso dizer que estou me sentindo super a vontade na cidade - uma verdadeira espanhola. A imagem que tenho dos homens e das mulheres é que são viscerais, independentes e seguros de si mesmos (que máximo).

Diferentemente dos franceses, que não abrem mão da arrogância em nenhum momento da conversa, os espanhóis podem começar sendo bem diretos, mas acabam se rendendo aos turistas e nos entendemos bem com o passar do tempo - o que faz toda a diferença numa viagem, podem ter certeza.

Bom, então vamos direto ao assunto agora. Por onde andei? O que foi que eu vi ao longo deste dia extremamente quente em Madri? Na segunda foto desta postagem o destaque fica por conta do El Oso y El Madroño, ou o urso e uma árvore de blueberry (estátua-símbolo da cidade).

A seguir temos uma meia panorâmica da Plaza Mayor, praça fundamental em Madri, construída em 1619 e que foi palco de acontecimentos importantes, como execuções públicas promovidas pela Inquisiçao, touradas e festivais. Logo aqui acima está a Alejandra, companheira argentina de walking tour e do restante do dia também.

Madri tem todas as características de uma grande metrópole, regada de charme latino de um povo que faz siesta durante o dia (ainda não deu tempo de me acostumar com essa estória dos estabelecimentos fecharem entre 14h30 e 17h) e onde a vida noturna vai da meia-noite ao meio-dia.

A cidade abriga cerca de três milhoes de habitantes, tendo uma vasta seleção de museus, parques, monumentos e prédios históricos. E agora uma dica aos que querem conhecer a cidade: reservem três dias inteiros para Madri. É o suficiente para passear bastante e com calma, sem aquela correria do: "então a direita temos o monumento tal, e a esquerda...ups, o castelo já ficou para trás!".

Visitar Madri a pé não só é possível como recomendável - mas os longos quarteirões pedem fôlego e muita, muita água mesmo (ainda mais nestes dias em que os termômetros estão na casa dos 30 graus). Mas vale a pena passar por entre os espanhóis e prestar atenção principalmente na postura feminina. Sabem que até eu já estou andando diferente? De cabeça erguida e com o narizinho empinado (olé).

A tarde, a Alejandra e eu fomos ao Real Jardín Botânico, que não tem nada de especial, sinceramente, mas valeu e muito pela sombra e água fresca (literalmente) que nos ofereceu em seus oito hectares abertos à visitação. E para quem gosta, há mais de 1800 espécies de cactos (hein?) em exposição.

Nossa última parada cultural foi no Museo del Prado (gratuito das 18h às 20h). Seu prédio de estilo neoclássico foi construído em 1785, e este é o museu mais famoso da Espanha. Apresenta as mais importantes coleções de pintura espanhola, flamenca e italiana do século XI ao XIX. A Alejandra e eu dividimos nosso precioso tempo entre as pinturas de Goya (não gostei) e Ribera (gostei).

E eis uma cena que me chamou muito a atenção durante nosso retorno para o albergue (estamos hospedadas no mesmo lugar, o que facilitou muito nossas idas e vindas). Por favor reparem no contexto que envolve o pedinte espanhol. Quem é que pode dizer que o dinheiro arrecadado por ele não é investido em educação?

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