terça-feira, 12 de outubro de 2010

Gauguin no Tate Modern

Nada como passar uma tarde fria e ensolarada no Tate Modern (www.tate.org.uk/modern) e prestigiar Gauguin - Maker of Myth , que estará em cartaz até 16/01/11. Claro que a indicação foi do meu tio Carlinhos. Quando eu disse a ele que as obras deste artista estavam em cartaz - após mais de 30 anos aqui em Londres -, sua resposta foi direta: "Tates, essa é uma ótima oportunidade para você conhecer a obra do Gauguin. Não perca a chance."
Gauguin começou sua carreira como um Impressionista, mas enquanto seus companheiros usaram a pintura para capturar seus vislumbres fugazes do mundo físico, ele argumentou que a arte deveria ir além da aparência física.
Gauguin desenvolveu uma linguagem visual radicalmente simples, cortando detalhes supérfluos, com o intuito de explorar idéias complexas e construir significado poético. Seu trabalho foi inspirado em várias fontes visuais e literárias, incluindo non-western art forms, classical sculpture, popular prints and caricatures as well as philosophical and anthropological texts, ancient myths and the Bible.
As viagens para lugares remotos foram fundamentais para a obra de Gauguin, mas ele também estava profundamente envolvido em debates e redes sociais de vanguarda de Paris.
O que eu mais gostei? Dois de seus trabalhos me chamaram muito a atenção e compartilharei as devidas explicações de cada um em inglês (estou com preguiça de traduzi-las). Então vamos lá:
Christ in the Garden of Olives - 1889 - Oil on Canvas

In 1889, Gauguin felt neglected by the Paris art world, betrayed and short of money. His anguish was so intense that he gave his own features to this depiction of Christ on the eve of his crucifixion. "It's sad in an abstract way and you know sadness in my key" he told a friend.
Maison du Jouir (House of Pleasure) - 1901-02 - 5 carved wood door panels from Gauguin's Antonia residence
Before setting out of his last voyage to Polynesia, Gauguin wrote to a friend: "Farewell, paiting unless it serves as a distraction. My house will be made of sculpted wood". Though he never renounced paiting, he made the elaborade carved lintels for the entrance to his final home on the remote island of Hiva-Oa. "Maison du Jouir" or "House of Pleasure", or a "House of Orgasm", a deliberate provocation to his neighbours, particularly the Catholic bishop. In order to enter Gauguin's studio, visitors would have to pass under this inscription, and through his bedroom.
De acordo com a curadora da exposição, a mensagem de Maison du Jouir é dedicada às mulheres, e não aos homens. É um questionamento sobre porquê apenas a ala masculina podia desfrutar do prazer sexual. A ala feminina deveria desfrutar deste prazer também. E viva o Gauguin!

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